A SIMBOLOGIA, A ESTATUA E PENSAMENTO (PENSADOR) Pe ANTÓNIO
VIEIRA
António Vieira, Pe. defendeu o esclavagismo,
mas acompanhou o salto (não solitário) maior, presumivelmente (dos maiores
saltos de consciência e da gnoseologia do seu tempo, considerar raças -pretos e
índios- humanas, não animais. Deu o primeiro salto, não conseguiu dar o seguinte,
para tanto a estrutura, moral e a consciência, como a formação filosófica não ajudaram,
embora a prensa de Guntemberg tivesse sido inventada 169 anos antes. Assim no
seu tempo já se erguiam vozes (Sandoval,1627; Fox,1657; Baxter,1673;
Curwen,1676; Behn,1688; Behn,1688; Eliot,1691; Anónimo,1693; Southerme,1696; Comunidade
Quaker,1696) que expressavam denuncias claras contra a escravidão.
A simbologia é um
fenómeno do pensamento humano que permite e visa a passagem do domínio da
representação e do onírico para uma plataforma sensório-perceptiva com a qual pretende
circuitar, através da intermediação de objectos aos quais se consagram formas e
se atribuem significados e valor que se deseja resistam no tempo ao objecto ou
ideia, alvos de homenagem, submergindo-as da intemporalidade, a que o biológico
não resiste, e do poder da perpetuidade que o tempo não apaga, de modo que possa
atingir e tocar as sociedades vindouras.
Não é possível sobre
um símbolo ter uma atitude hipócrita e clivada, cindindo na consciência, o plano
do valor do plano da acção, plasmada na velha máxima hipócrita, bem do agrado
das velhas e modernas praticas, iluminadas pela filosofia da Igreja católica;
“olha para o que eu digo, não olhes para o que eu faço” que neste caso se
conjugam, disse e fez. Um símbolo representa, deve significar, a totalidade do
simbolizado, para o resto existem os humanos.
Aprecia-se apenas
alguns valores para os quais o símbolo remete, neste caso a totalidade do A.Vieira
Pe. não esteve com o melhor da humanidade que o símbolo merecem representar,
pois é apropriada o epiteto de semi-esclavagista.
Aprecio-o como
escritor, e como defensor dos índios, junto da corte, para a obtenção do
estatuto que nunca deveriam ter perdido, finda aí a apreciação.
A estátua e, porque não
é por bronze ser “de boa qualidade que se lhe deve consagrar uma escultura” (Boto)
deve ser retirada de espaço publico e pode ser guardada em ambiente de formação
para as sociedade vindouras como marco, do ponto de vista histórico, do que não
conseguiu ser feito, do ponto vista da cultura, a do escritor. Apenas isso.
JV58
1-Sandoval A..The Nature, Policy,
... Customs and Rituals, Disciplines, and Gospel Catechism of all Ethiopians. 1627.
2-George Fox G. a letter 'To Friends beyond sea, that have Blacks and
Indian Slaves'.1657.
3-Baxter R. A Christian directory,
or, a summ of practical theologie, and cases of conscience (London,
1673).
4-Curwen A. visits Barbados. in a letter to the slave-holding Barbadian
Friend Martha Tavernor.
5-The Germantown Protest, sometimes also referred to
as The German Mennonite Resolution
against Slavery, the first formal protest against slavery to be made in
the British American colonies, is delivered in Germantown, Pennsylvania.1688
6-Behn A. Oroonoko, or, the Royal
Slave.1688.
7-Eliot J. Cotton Mather’s biography of John Eliot includes antislavery
sentiment: The life and death of the
renown’d Mr. John Eliot, who was the first preacher of the Gospel to the
Indians in America (Boston?, 1691)
8-The anonymous An exhortation and
caution to Friends concerning buying or keeping of Negroes (New York,
1693) becomes the first printed pamphlet explicitly denouncing slavery and the
slave trade. Arising from political controversies in early Pennsylvania, it is
directed towards Quakers in Philadelphia.
9-Southerne T. Behn's Oroonoko,or,
the Royal Slave. in London 1696.
10-Philadelphia Quakers rule that Friends ‘be Careful not to Encourage the
bringing in of any more Negroes, & that such that have Negroes be Careful
of them, bring them to Meetings, or have Meetings with them in their Families,
& Restrain them from Loose, & Lewd Living.’ This is probably the first
institutional attempt to limit slave trading in America. 23 October 1696.